quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Campainhas


Hoje decidi tornar o meu momento de estudo um pouco diferente e vim até à beira rio.

É engraçado como a cidade muda à medida que descemos para o rio. Começamos a perder a confusão dos carros e a ganhar os olhares atentos e admirados dos turistas.
O que mais encontramos são casais, de máquinas em punho ou olhando os mapas mais uma vez... deixando-se deslumbrar pelos encantos e veracidade desta cidade. Estórias dentro da história destas ruas tomam forma todos os dias.

O que achei de mais curioso foi encontrar, numa das lojas "para turistas", umas campainhas em forma de sino, pequenas, mas engraçadas. Ao principio pensei qual o sentido que aquilo teria na cidade do Porto, mas como a resposta era tão vaga e longínqua não me demorei muito nela...

Depois olhei ao meu redor e repensei o meu dia!
Realmente aquelas campainhas estavam ali para mim, como um sinal daquilo que deixei escapar ou daquilo que tentei ignorar ao longo do dia. Mas sentia-o de maneira mesmo familiar, foi curioso.
Agora sentada olho em volta as pessoas que não nos pertencem, não são de cá e pergunto-me se também as campainhas terão feito algum efeito neles.

Acho importante não ignorarmos as campainhas, mas também não as podemos tornar um alarme permanente de quem somos. Se formos simples o suficiente para nos abrirmos à novidade, ouviremos certamente as campainhas certas no momento certo.

Ui, de onde me veio isto? Creio que é do Rio... Tenho que voltar cá mais vezes :)

1 comentário:

João disse...

A campaínha também tocou para mim.

Os rios são torrentes permanentes de ideias, de novidade e de vida!

Não é por acaso que adoro o Porto e Esposende... Uma cidade, ou vila, ou lugar sem um pequeno ribeiro que seja, não é tão bonita.

Mesmo quando toda a cidade dorme, o rio e os segredos que ele guarda continuam a fluir...

bjinho