Da vontade de dizer e escrever fica apenas o cansaço, enrolado na chuva que se faz ouvir lá fora!
O fim-de-semana foi demasiado longo para ser saboreado
e demasiado intenso para ser efectivamente vivido...

Começo a semana cansada, mais uma vez,
até que o meu corpo se habitue de vez a esta tez de caco rachado
e a uma mente a mil, que procura abarcar a tudo oque não pode.

Por vezes teimamos em ser assim,
em deixar que o Mundo faça eco em todas as direcções.
Não seria melhor escutar o próprio eco
Reflexo das nossas acções?

Devo dizer, que todas estas palavras me acordam da soturna esperança de um amanhã razoável.
Faço as malas dos pensamentos,
empacoto tudo bem no sotão das emoções...
Pode ser que um dia o meu coração volte a sentir e sentir-se
no centro do Mundo!

Por agora aprecio apenas o silêncio.
O silêncio de ser a última a encostar na travesseira,
a perceber que estou sem fundo na algibeira,
a reconhecer que só a mim importa a mudança.

Por isso agora louvo o silêncio!
Pode não fazer parte do meu código genético
mas sentir o mundo deste jeito ecléctico
já é mais que uma realidade.

Onde está a ponta solta do fio?
Onde estou?
Sentada no vazio
Onde Deus me deixou.