segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sabem daqueles dias em que nós até começámos a fazer um esforço para pôr a máquina novamente a funcionar e depois toca a campainha da desgraça? Eu sinto-me assim...

É estranho e acima de tudo é disfuncional.


Eu tenho que estudar páginas e páginas de coisas que ouço nas aulas - chamam-lhe consolidar conhecimentos.
Mas perdi a vontade de folhear as páginas com o intuito de descobrir algo novo... A verdade é que nos últimos tempo não descubro nada de novo nessas páginas, isto é, não descubro nada de aliciante. Não era suposto a faculdade ser a última realização do conhecimento? Aquela em que podes gostar mais ou menos, ter mais ou menos haver contigo, mas na verdade todas são aliciantes?
Eu sempre gostei de ir p'ra escola, nunca achei as coisas "uma seca" como os miúdos estão sempre a dizer, mas era divertido conhecer coisas novas. Até mesmo a disciplina de Português, que nunca foi das minhas preferidas, era estimulante... Era para mim a arte da escrita, com todos os autores estudados! (eu sempre gostei de ler)
Mas agora, os livros parecem demasiado ocos, demasiado descritivos, demasiado "RAG, IL-7, TCR" de siglas vazias.


Doi-me a barriga, quase não comi nada ao pequeno-almoço, mas também não me apetece levantar p'ra ir buscar algo.
Tenho o vício de mastigar, que se tem tornado cada vez mais presente, nomeadamente como desculpa para fazer "uma pausa" no estudo. "Vá, são só dois minutinhos" diz o meu cérebro matreiramente, "e se acrescentasses uma bolachinha, talvez já estejas a precisar de um incentivo energético"...
Ahhhhhhhhhhhhhh, porque é que não te calas cérebro estúpido? Eu não o sei subornar porque passei a neuroanatomia à rasquinha, por isso o nosso quinto andar continua a ser um mistério para mim!
Eu não preciso de nenhum "incentivo energético alimentar", mas de algo mais intrínseco, algo que nasça comigo de manhã e me faça saltar da cama para um dia radiante.


Agora também tem que começar a passar o tal do Bob Sinclair (estou a ouvir rádio no PC), cantando o "Be the Love Generation".
Também a mim me apetecia ser esta geração que espalha amor. Mas porra, eu tenho 24horas para estudar, 24h para estar com a família e amigos, 24h pra poder fazer coisas que gosto (como dançar, ler livros, compor músicas, desenhar ou moldar uma prenda de anos para um amigo), 24h para dormir (davam muito jeito) como é que também posso Ser esta geração revolucionária no Amor?


Será que é pouco normal eu pedir para morar numa aldeia hippie, em que todos cultivamos o nosso sustento e à noite cantámos músicas alegres?Não sei não, já estive mais longe de o fazer...

Ou então já tenho idade suficiente para me isolar numa aldeia de trás-os-montes e ir ajudar a população idoso a dinamizar a aldeia. É isso mesmo, adeus à cidade...


Estou um bocadinho farta da rotina!

Presa num céu sem estrelas...

2 comentários:

João Cunha disse...

Hannah..o quanto eu te percebo.
Embora não esteja num curso tão "fácil" como o teu, nem necessite de tantas horas de estudo...porque sou muito inteligente...concordo contigo.
24h são muito curtas. Às vezes nem mesmo estas 24h chegam pra pôr o nosso cérebro em pleno funcionamento. Às vezes nem mesmo essas 24h chegam pra gozar um minutinho que seja. Às vezes nem essas 24h chegam pa dar 1/4 do amor que temos pa dar às coisas...animadas e inanimadas...nem sequer ter 24h pra ouvir uma músiquinha que nos pode completar o dia...nem que seja a "Love Generation"...

Rotina? Não gosto dessa palavra. Faz-me sentir..imputente. Rotina...não deixa fazer quaisquer adições à nossa vida. É uma feia e que devia ser riscada por completo do nosso dicionário.

Hannah..eu acompanho-te num desviozinho rotinal...se quiseres eu levo o vinho xD

Inês disse...

A ideia da aldeia hippie agrada-me bastante :D
Lá não há geógrafos, pois não? xD


Um beijo! *