domingo, 27 de janeiro de 2008

Dia #1

Decidi começar esta viagem bem longe, muito antes de 1986...

Todas as pessoas descendem de uma família, há um nome que nos acompanha... Então fui à descoberta disso mesmo, mas não quis aprofundar muito atrás, até nomes que nada me dissessem, fui então até aos meus bisavós, pelo menos aqueles cujas fotos tenho para partilhar com vocês.

Apresento-vos o Avô Quintino e a Avó Clara (que me deixou de herança o nome Clara, segundo a escolha da minha mãe).
São os pais do meu avô materno e nunca cheguei a conhecê-los. O Avô um marinheiro e a avó uma costureira (de primeira :P). Segundo me dizem eram ambos pessoas extremamente bondosas, uma dádiva de carinho para a família e amigos, especialmente a Avó Clara (espero também ter herdado alguma dessa generosidade).
Olhando para a foto fiquei extremamente emocionada porque o meu tio Humberto (irmão do meu avô) é exactamente a cara do pai (Avô Quintino).
[Também vou falar deste meu tio mais adiante]

Agora é a vez do Avô Serino.
Esta fotografia é de
certo a mais antiga que tenho em casa porque ele faleceu com 35 anos de idade, tinha a minha avó terminado a 3ªclasse. O Avô era sapateiro, e a minha avó materna conta orgulhosamente que tinha os melhores "soquinhos" da época, que o pai fazia com carinho. Era um homem honesto, trabalhador e empenhado em dar aos filhos um futuro melhor, fazendo questão com que estudassem.
Apesar da sua vontade, quando faleceu a minha avó teve que ir "servir" para uma casa da Maia, tal como os outros dois irmãos, para garantir o sustento da casa que se tinha perdido. Quando ela conta tudo isto sente-se ainda a tristeza, misto da perda do pai e de ter sido forçada a crescer depressa... Mas aguentou-se bem e ainda cá esta para contar estas histórias!

A única dos bisavós que conheci e guardo algumas memórias é a Avó Laurinda, casada com o Avô Serino. A mãe da minha avó morava no Castelo, numa casa simples, com a irmã mais velha da minha avó.O rosto moreno de traços definidos são características ímpares que acompanham também a minha avó e a tia Ana Rosa (irmã da minha avó). O mais curioso nesta tia é que toda a gente lhe chama Rosa, nome dado pelo meu Avô Serino, porque na verdade no seu BI apenas consta o nome Ana!
As recordações mais fieis que tenho da avó Laurinda são de ela já um pouco doente, acamada, mas sempre conversadora. Faleceu quando eu tinha quatro anos e não me lembro de como foi.

Chegou agora cá a minha avó e ficou muito espantada por eu ter estas fotos no computador (estas novas tecnologias :P)!

Vou agora à caminhada, amanhã tenho que virar o barco de novo e voltar a 1900 e troca o passo... sim, ao tempo que que ainda nem se quer havia luz eléctrica.

5 comentários:

João Cunha disse...

Hannah!! Que saudades...eu já estava vendo que esti djia nunca mais chegava! O retorno ao seu blog. O retorno de uma belza escondida que por aí anda.
Espero que esta viagem pelo teu mundo corra mt bem ;)

fico à espera do dia 2, depois o dia 3, dia 4, dia 20, dia 21...e PRINCIPALMENTE do dia em que voltes a pisar o campo para uma partidinha de futebol :)

beijinho*** bon voyage....;)

Ricardo Ascensão disse...

Hehe!
Eu acho que a avó Laurinda te deixou algumas heranças no rosto...
Não sei porquê mas acho-a parecida contigo :)

Beijinho, Anita ;)
(PS: Atenção ao uso da expressão "virar o barco"... pode ser mal entendida! Hehehe)

João disse...

Olha. olha! A minha 2ª família. Começaste bem, a unir as histórias...

Hannah disse...

Não pensem que o João já se está a afiambrar à família, nada disso!
O curioso é que a Avó do João passou férias em São Romão, terra do meu avô, e estava numa quinta mesmo em frente à casa dos Avós Clara e Quintino.
Há coisas do catano :P

Ana Ascensão disse...

De uma família assim...nasceu uma menina bonita! :D

Beijinho grande Anita!