E saiu isto...
Mais uma noite em que não consegui dormir. Assumindo esse facto como “um relógio mal regulado”, decidi usar as palavras sábias da Inês, no outro dia, e vim escrever...
Liguei de novo o Pc e comecei a escrever.
As frases eram confusas
sem fim, sem lógica, sem ser.
Mas logo me deitei a lançar temas ao ar
política é actual,
futebol é popular.
Mas nada disto enchia
as medidas do meu coração vazio.
Parecia Inverno, estava frio
e as coisas eram só coisas,
as teclas, botões enfim.
Nada naquele modo de ser era meu
impetuoso, viril...
Eu era doce não caril!
Então procurei acalmar,
sossegar o eco do coração
com o eco da razão.
Mas quem eu estava a enganar,
vivendo em passinhos de dança?
Eu sou tango!
Eu sou uma criança!
Eu sou o que me deixarem ser...
Farsa de bata branca,
sem certeza se quer fazer viver.
Afinal, não seria a morte
para o enfermo que está trôpego
melhor e maior sorte
que viver na cegueira do corpo?
Desculpem a minha escrita
o meu jeito de pensar...
Sabeis que nem uma mosca
tenho coragem de matar.
E se algum dia o moscardo
por acaso me não me for oportuno
faço da minha mão o mundo
Onde ela possa habitar.
Dei a mão, ou acho que dei
aqueles por quem passei,
mas mesmo assim sinto-me imunda
má rês, trapo, vagabunda!
Comentários
Não regules o relógio, que está bem assim... :)
Dás(-me) a mão tantas vezes, mesmo que muitas vezes não repares! Por exemplo, anteontem não me deste a mão mas deste-me a tua voz e musicalidade, que me derreteu toda...
Muito obrigada! Qual trapo, qual quê..
És linda!
Um beijinho da Minês ;)
Sabes bem o que vales e o bem que fazes aos outros e a ti mesma.
Dás a mão e dás muito mais do que imaginas.
beijo