A minha alma está parva!

Verdadeiramente "a minha alma está parva" perante o momento (de filme) que acabou de ocorrer cá em casa! Nas conversas de pequeno-almoço a minha mãe falava da Sra. X que trabalha na padaria cá da zona... No entanto, não é daquelas pessoas que vivem muito felizes com o seu trabalho e o faz muitas vezes de forma lenta e desinteressada!

A acrescentar à informação sobre a X, disseram ainda que de vez em quando a senhora aparecia na padaria com um olho negro. Eis que ouço comentar cá em casa: "Claro, se ela é preguiçosa o marido tem é que a pôr a mexer!" (:S)

Quando eu tento contradizer esta teoria com um simples: "Mas vocês não acham que ninguém têm direito a levar porrada?"
"Ai, que tu não sabes nada da vida!" - Vem logo a seguir.
"Desculpem lá, mas desde quando é que ser casado quer dizer ser dono de alguém?" - Digo eu.
"Espero bem que nunca sofras por essa língua" - Que é uma expressão standard que se usa cá em casa quando eu decido pôr em causa a moral e bons costumes de uma família tradicional.

AHHHH! Agora sim apetecia-me bater em alguém!
Eu estou confundida ou estamos no séc XXI?
As mulheres andaram a queimar sutiãs para quê?
Direitos humanos: que é isso?
Estou profundamente triste, a verdade é essa.
Tudo se resume a manter calado as coisas que nos põem em causa...
Ser Humano... tretas!

Comentários

João disse…
Posso dar-te porrada?? He he he! :P

Agora a sério:

É das coisas que mais abomino e a uma das poucas que me põe completamente fora de mim!

É mesmo cobardia falsa.
Às vezes gostava que os gajos que fazem isso ficassem fechados numa cela com uma mulher de 2 metros e 120 quilos!
Ó João... é impressão minha... ou sentiste necessidade de argumentar a tua opinião?
HEHEHE!!!
Tou no gozo :P

Enfim, Anita...
Parece mesmo filme esse tipo de conversas, né?
Acho mesmo que devias ter batido em alguém... para ver se aprendiam... :P
Enfim...

Beijinho ;)
Inês disse…
Eu acho que o João queria antes dizer isto:
"Ó Anita, mas eu não sou assim... casas comigo, casas?"

AH AH

Ó Anita...
É verdade que os "valores tradicionais" e as mentalidades são muuuuuuito difíceis de mudar...
Mas lentamente as coisas estão a ficar diferentes, e para melhor!

Tenho esperança que daqui a uns anos um dos teus filhos (sim, porque tu vais ter 500) te pergunte: "Mas ó mãe, o que é a violência doméstica?"
E tu respondas: "Isso é uma coisa muito antiga!"

:)
Mas acontece, e infelizmente os "tradicionais" ensinam os novos!

Há que ter paciência e tentar que as coisas mudem aos poucos...


Gosto de ti!
Um beijinho grande *
(E outro para a senhora X, quando tiveres com ela :P)
João disse…
Inês, 2 coisas:

1 - Essa parte do "Casas comigo?" já está ultrapassada... E mais não digo.

2 - Quanto ao 500 filhos, tem lá calminha, rapariga. o carro de família dos nossos sonhos tem 6 lugares, por isso, faz as contas... :p

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