E o teu Ritmo?
Talvez o silêncio das palavras fizesse bem melhor aos corações do que a vergonha de tentar dizer algo.
Eu não me estava a conhecer, a reconhecer em tudo o que acontecia na minha mente como um filme de Hollywood. Não uma paródia familiar, mas um melodrama com banda sonora e sentimentos que saem do ecrã e me obrigam a olhar-te nos olhos e pedir que me sorrias.
Esse sorriso... Que me arranha o coração e faz-me desfiar em mim todas as memórias, os sentidos, as vitórias e fracassos.
A vida torna-se álbum de recortes e pomo-nos de fora a olhar com calma todas as verdades, pelo menos aparentes, que vivemos.
A vida! Aquela que contraria a morte, ou pelo menos tenta remar contra a corrente do desespero e decadência do dia-a-dia. Todas as coisas que nos rodeiam puxam o melhor e pior de nós a venerá-las: ou são as aulas, o metro, os convites, a família... Que nos esticam e descolam ora para a esquerda ora para a direita. Momento que recordo à noite, com os olhos postos no álbum, e acabo por deixar de lado com cansaço ou vontade desesperada de as fazer desaparecer.
Por vezes sonhamos ser mais e ir além de tudo. Virar o dia de pernas pró ar e dar-lhe um sabor apimentado suave. Algo que me desperte os sentidos e me faça arrepiar (como aqueles sorrisos doces que nos enchem a alma)!
Estou neste pedaço de madeira, no meio de um Oceano de hipóteses fantasma que a minha cabeça teima
Volto-me para a cadência do meu mundo, procurando o verdadeiro ritmo.
Qual é o teu?
Comentários
Obrigada pela partilha (:
Agora mais a sério, gosto do teu ritmo e espero que encontremos cada vez mais o nosso!